quinta-feira, 16 de maio de 2019

Revoltados com apagões em Nova Iguaçu, moradores do Jardim Alvorada vão à Justiça

A aposentada Sebastiana Ferreira de Souza, de 64 anos, tinha planejado receber parentes e amigos no último domingo, Dia das Mães, na casa onde mora, no bairro Jardim Alvorada, Nova Iguaçu. Mas teve que mudar a programação. Toda a comida que seria servida estragou depois de mais de 24 horas sem luz. — Tinha dois quilos de camarão, peixe e sardinha. Estragou tudo em casa. Tive que sair de casa. Também sou cabeleireira e perdi duas clientes — conta Sebastiana. Esta tem sido a rotina dos moradores de pelo menos oito casas na Rua Denis Emanuel. Desde o dia 18 de fevereiro, eles têm enfrentados constantes quedas de energia no bairro. Eles ficam horas sem luz, técnicos da Light fazem o reparo, a energia volta e, depois, falta novamente. A dona de casa Jaqueline Santos, de 34 anos, só não perdeu as compras que fez sábado porque guardou tudo na geladeira do irmão, que, apesar de morar na mesma rua, não teve a energia interrompida. — Se não fosse isso, estaria tudo estragado. Presentão de Dia das Mães — ironiza. No último fim de semana, foram horas sem luz na madrugada. O pintor Paulo Campos da Hora, de 53 anos, contou que foi difícil dormir: — Passamos o domingo inteiro sem luz. Chegaram 1h40 de segunda-feira e religaram, mas às 5h40 faltou de novo. De noite, só dormimos pelo cansaço, porque é muito calor e são muito mosquitos. Os moradores contam que tudo começou depois que um caminhão da concessionária esteve na rua fazendo intervenções na caixa de distribuição de energia, que fica num poste na altura do número 201. Desde então, a energia falta quase que diariamente na rua. Na última vez que estiveram lá, na madrugada de segunda-feira, técnicos prometeram voltar no mesmo dia para trocar uma placa, já que só a troca, alegaram, solucionaria de vez o problema. Com as contas em dia e cansados de ficar tanto tempo com o fornecimento de energia irregular, os moradores decidiram entrar na Justiça contra a Light para pedir uma indenização. — A gente quer uma indenização. Nem que seja para pagar a vela. É R$ 0,80 a unidade e só dura 20 minutos — reclama a dona de casa Alcione Silva, de 56 anos.

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